Sinto saudades de tudo aquilo que ainda não vivi, de tudo aquilo que planejava na minha cabeça antes de dormir.
Aqui colocarei fotos ... muitas, algumas que eu tirei, outras não. E textos, ah como eu amo textos.
11 de agosto de 2011
Sabe, eu não gosto quando a gente briga. As palavras que dizemos e que depois não podemos apagar, que machucam durante algum tempo. E depois, o clima estranho que fica no meio da gente, o gelo difícil de se quebrar.
Mas eu amo o que vem depois, os pedidos de desculpa meio enrolados com a vontade de ter de novo. O gelo derretendo com o calor dos abraços e dos beijos. As promessas do para sempre, os planos pro casamento, os nomes dos filhos.
Eu daria tudo pra não termos a fase do gelo enorme se cristalizando entre a gente de novo, prefiro a água quente que ele se forma, que depois evapora, some, e a gente esquece. Vamos voltar para o para sempre, e deixar pra trás as palavras que não se apagam e doem. Vamos voltar para o futuro, meu amor.
10:34
BeijosdaAna.
Abraçar acalma, renova. Um abraço de verdade desmonta a gente. Tudo cai no chão, tensão, temores e resistências. Abraço é algo mágico, e o encostar dos corações.
O abraço transcende o físico, um ato que se faz com os olhos fechados. Abraço não precisa de pressa. Abraçar é um carinho sem vergonha de ser um carinho. Abraço é o mergulho no outro, é pra namorado, amigo e deveria ser pra todo mundo.
No encostar dos corações, no mergulho que se dá no outro, você fica com um pouquinho do outro e dá um pouquinho de si.
Abraço de despedida dói, abraço de chegada anima. Abraço nas horas tristes recompõe, nas horas felizes compartilha. Abraço nas horas de amor ilumina.
Abrace sem pressa, abrace sem timidez, abrace quem quiser, onde quiser, na hora que quiser. Abraço faz sorrir a alma. Abrace.
10:33
BeijosdaAna.
Quero sair desse chão sujo
Deixar esse lugar que não quero estar
Onde eu não precise me calar
Ir para onde não haja o cujo
Quero buscar o novo
Quero tocar o céu do povo
As nuvens de algodão
Ter a conexão.
Quero ver dragões onde há moinhos.
Buscar o carinho, o meu caminho.
Até quando vou ficar aqui?
Quero voar, tirar minha alma daqui
Essa terra que não têm dono
Esse lugar me dá sono.
Vou lutar pra sumir
Vou me abrir.
Quero ir pra longe,
Vou pegar um bonde.
Pra algum lugar onde a minha alma possa sorrir.
10:32
BeijosdaAna.
O amor, ah esse amor que move o meu humor. O que seria de nós, pobres seres humanos, sem o amor? Ele pode trazer dor, mas é a dor do amor, que machuca de mais, por dentro, mas logo se cura. Ele pode trazer momentos inesquecíveis. Pode trazer felicidade, paz.
Tristes são aqueles que não deixam o amor entrar em sua vida bagunçada. Ora o amor quer tudo organizado, ora tudo bagunçado, talvez quando o amor foi bater a sua porta sua vida estava contrária ao que ele queria. Mas, não desista! O amor chega, pode demorar o que for, mas chega.
O amor, vem e vai, volta e vai, volta e fica. Acustume-se.
Felizes aqueles que conhecem a profundeza que têm essas quatro palavras que movem o mundo. Não busquem o amor, ele te busca, e te encontra. Deixe ele fazer a parte dele. Talvez, por você tanto procurá-lo que você nunca o acha, se lembra dos conselhos de sua mãe pra quando você se perdesse? Fique parado em um lugar, não saia andando, que eu te encontro. É assim com o amor, ele te acha onde quer que esteja, mas foge de você quando você o procura.
E viva o amor!
10:31
BeijosdaAna.
Naquela casa de portão enferrujado, janelas azuis e porta pintada eu tinha minha felicidade completa. Naquela casa branca, quintal de cimento e cachorro latindo eu tinha minha felicidade completa.
Naquela casa onde ainda estavam todos vivos, eu tinha minha felicidade completa.
Agora não mais! O chão virou terra, o portão enferrujado foi pintado, a janela foi trocada. Só se manteu branca, e com a porta pintada. Algumas pessoas de lá já não estão vivas. O cachorro parou de latir faz tempo, levando com sigo mais um pouquinho da minha felicidade e deixando comigo um pouco da angústia de morrer.
Naquela casa onde meu quarto era rosa, que agora se mantém rosa, mas as teias de aranha tomaram conta do mundo cor-de-rosa.
Há poeira por toda a casa, sujeira no chão, bagunça. Como se lá nunca tivesse um dia havido a minha felicidade completa. Que agora, está pela metade, e me pergunto: Até quando vai durar?
O caminhão vermelho chegou, com os homenzinhos correndo para apagar o fogo fútil. Ele resistiu o quanto pode, mas os homezinhos venceram e o fogo fútil foi embora. Mas, vejam só! O fogo também venceu, tirou todas as coisas belas dali.
Eu vi tudo isso de longe, e sem mais nada pra ver ali além das cinzas cinzas. Fui embora a fim de procurar alguma outra coisa bela que não é tão bela assim. E comecei a cantarolar minha música preferida, assobiando por ora. E lembrando da cor laranja do fogo fútil.
10:26
BeijosdaAna.