28 de dezembro de 2011

Sinta o jardim.

Tenho um jardim, um jardim de flores amarelas. No meu jardim o vento sopra no fim da tarde, levando consigo os cabelos ruivos do sol que passeiam pelo meu jardim de flores amarelas.

Às vezes, quando chove, o meu jardim se alegra, ouço as risadas de crianças das flores amarelas, mesmo das flores velhinhas, ainda riem como crianças. Depois da chuva elas se secam, e tem fome.

Quase sempre borboletas e beija-flores aparecem no meu jardim, voando por lá, e como gostam das minhas flores amarelas! Tão únicas… Minhas. Mas eu as divido com eles, e ás vezes com algum passante que me pede alguma, eles as amam, mas não dou qualquer flor a eles, ás vezes alguma flor quer conhecer o mundo fora do jardim, conhecer outros ventos, certa flor queria conhecer o mar, então pergunto qual quer sair, ás vezes são muitas, outras nenhuma, e vão com os passantes do meu jardim. Ambos felizes.

Todo dia alguma flor cai, morre. Tão injusto! Deixa todos verem sua beleza, seu perfume amarelo, e então morre. Mas sei que volta, ás vezes em forma de flor, ás vezes em forma de borboleta, ou então em forma de vento que leva os cabelos ruivos do sol no fim da tarde. Ah, flores.

E quando chegar a minha vez de cair, quero que passantes e o vento cuidem do meu jardim, quero que cuidem de mim, que voltarei em forma de flor amarela no meu jardim, ser uma flor, minha flor de mim.

23:11

BeijosdaAna.

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